Esse assunto da pano pra manga, por isso, virá em duas etapas. Vamos falar um pouco sobre o Pilates na gestação!
A gestação é um período onde o corpo da mulher transforma-se muito em um curto espaço de tempo. O ideal é que sempre fiquemos atentos. É importante que a futura mamãe se exercite de uma forma suave, com o foco no controle da amplitude de movimento e sem exagerar na dose, pois a atividade física pode trazer vários benefícios, dentre eles…
- Melhora a postura
- Pode ajudar a diminuir as dores lombares
- Ajuda na circulação, diminuindo o risco de varizes, câimbras, coágulos e inchaço nas pernas
- Auxilia na manutenção do peso
- Pode ajudar na autoestima, reduzindo as chances de depressão pós-parto
- Mantém o assoalho pélvico elevado, diminuído as chances de incontinência e ajuda a expelir a criança no momento do parto normal
Mudanças posturais e de equilíbrio
O ganho de peso e aumento do tamanho do ventre e das mamas faz com que o centro de gravidade da mulher se altere rapidamente, deslocando-se para frente. Isso acaba afetando a postura da mulher, especialmente as curvaturas da coluna.
Geralmente observamos um aumento da lordose lombar por conta do aumento do tamanho da barriga, afetando o equilíbrio, e da cifose torácica, fazendo com que os ombros rodem para frente, o que acaba levando os joelhos a uma hiperextensão.
Temperatura corporal
Fique atento à ingestão de líquidos, deixe água sempre disponível e evite exercícios nos dias e horas muito quentes.
Também é importante evitar deixar a grávida de ponta cabeça ou com a cabeça abaixo da linha do quadril, pois isso colabora para o aumento da temperatura.
Articulações
As articulações podem sofrer o que chamamos de frouxidão ligamentar, uma condição onde há um comprometimento do suporte que os ligamentos oferecem às articulações.
Isso ocorre especialmente por conta da liberação de um hormônio chamado relaxina, e as regiões mais afetadas costumam ser a coluna lombar, articulação sacroilíaca e tornozelos. É por essa razão que devemos tomar cuidado para não exagerar nos alongamentos e nos exercícios de propriocepção.
Síndrome Hipotensiva Supina
A partir do final do primeiro trimestre, já devemos ficar de olho nessa condição. O aumento do tamanho do feto pode acabar comprimindo a Veia Cava, o que afeta o aporte sanguíneo tanto para a futura mamãe quanto para o bebê.
A regra aqui é a seguinte, evite o decúbito dorsal por muito tempo e quando a mulher estiver deitada, se houver qualquer sinal de tontura, peça para ela se deitar do lado esquerdo, para então diminuir a pressão em cima dessa veia.
Diástase da sínfise púbica
Como falamos no quadro ali em cima, a gestação traz consigo mudanças hormonais e um dos resultados disso é a frouxidão ligamentar.
Por conta da força dos músculos adutores do quadril, a sínfise púbica sofre um deslizamento ou separação, causando assim uma diástase.
Novamente, cuidado com os alongamentos excessivos, excesso de carga nessa musculatura e preste atenção à posição sentada, prefira uma superfície elevada como uma cadeira, bola ou até mesmo quatro apoios para diminuir a pressão nessa região.
Pulmões
É normal que a frequência respiratória aumente com o passar do período gestacional. Isso acontece por conta da compressão que o diafragma sofre com o crescimento do feto.
O corpo da futura mamãe tem de trabalhar mais para distribuir o oxigênio, inclusive para o feto, e o resultado disso?! Diminuição da resistência e uma sensação de falta de ar.
Diástase do reto abdominal
A parede abdominal sofre uma grande distensão nesse período, o que leva a uma separação maior ou menor da linha alba, isso é o que chamamos de Diástase do Reto Abdominal. Essa condição pode acontecer a partir do final do primeiro trimestre, mas a maior incidência acontece nos estágios mais avançados.
O melhor a fazer nesse caso é evitar movimentos extremos do tronco e focar na posição neutra da coluna, com um foco especial na ativação do músculo Transverso do Abdômen.
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